quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Ansiedades, expectativa, e apertos no coração

"“A expectativa adiada faz adoecer o coração.” - Provérbios 13:12


O que te deixa empolgado? O que te faz ficar ansioso? A ansiedade nem sempre é ruim. Pode ser que você esteja esperando por algo que vá lhe fazer bem. Mas pode ser que você esteja lidando com uma incerteza, e aí que mora o perigo, ou a ansiedade da qual falaremos aqui. É aquela que faz você esperar um telefonema como se espera um filho, aquela que faz com que a qualquer mensagem que chega no celular, você se desespere pensando ser a noticia esperada.

A ansiedade faz com que você trema com a proximidade da data esperada. Te dá frio na barriga. Te faz quase saltitar quando alguém fala sobre o assunto. A ansiedade faz com que você queira mais do que nunca que a resposta seja SIM, àquela pergunta feita de coração. A ansiedade mexe com o seu “eu” mesmo. Mostra sua fragilidade, seu íntimo, seus gostos, e te expõe bastante.

Eu, particularmente, gosto muito dessa sensação. Sinto que vou dar valor àquilo que estou esperando. Mostro mim mesmo o que é importante, do que gosto, e, principalmente de quem gosto. Aqueles que me fazem coçar os dedos pra ligar ou mandar mensagem, pra ter a resposta mais rápido, estão conseguindo me prender demais! E quando a resposta é positiva, depois de me deixar ansioso, pronto. Quando isso acontece, meu amigo... essa pessoa me ganhou.

Mas o contrário, infelizmente, acontece também. O que se espera não chega. O dia tão aguardado não é como se espera. A resposta pela qual a mão coçou pra ligar pra saber, é negativa. Esse é o lado negativo da ansiedade. E é tão importante quanto quando tudo dá certo. Me faz ver o que eu fiz de errado. Me faz ver se eu deveria mesmo ter dado tamanha importância àquilo. Faz perceber se aquela pessoa que te fez esperar pela resposta, valia realmente a pena.

A vida é feita de perdas e ganhos, amigos. E cada um vem na hora apropriada para que você aprenda a todo instante. Portanto, se a sua expectativa não foi atendida, relaxa. Olhe pra trás, tire uma lição de toda essa ansiedade, e bola pra frente! Outras esperanças o aguardam.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Papo Reto

O sexo é visto como algo decisório em uma relação. Ele é o ponto de partida para uma coisa, mas também o ponto de termino de outra. Na realidade, ele deveria ser apenas um complemento e não o divisor de águas de toda relação.


Se você o faz no primeiro encontro, és visto com falso juízo. Se não o faz muitas
vezes deixa de experenciar trocas de energias que só aquele ser poderia lhe proporcionar. E fica sempre a incógnita quando o desejo lhe domina a cabeça: ceder ou não ceder? E o que está em jogo em toda essa trama? Relações? Desejos? Moralidades?
Ou pura perpetuação do próprio pecado? Sensações pulsam. E depois do desejo, do
suor no corpo e do beijo o que mais acontecerá? Tapas, mordidas e carícias. O
que mais há de se pensar? Continuar, amar e desejar? Ou difamar, julgar e
esquecer?


Que lance louco, paralítico e dúbio. Ainda é difícil lidar com todos esses
conceitos que permeiam um simples ato. Ou complexo ato? Ainda não sei. Só sei
que me provoca arrepios. Sexo para mim é a ambigüidade do próprio desejo.


Rany Kiihl

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

DIFERENÇA É IGUALDADE

No que você acredita? O homem veio de Deus, ou da evolução? Seja em qual das teorias você deposite sua fé, havemos de concordar que o homem veio de uma fonte só. Seja ela maior, ou um antecessor, todos viemos do mesmo lugar. Apesar disso, desde sempre pessoas pensam diferente, gostam de coisas diferentes, agem diferente. E o que determina isso? Por que cada um pensa de uma forma?

Teoricamente, o mundo começou na Europa. A literatura, a navegação, a filosofia, enfim. Tudo teve início lá. Com isso, o conhecimento levado com os navegadores às colônias, os levava a pensar que eram superiores aos colonizados. Desde então, a noção de que o diferente é inferior tem se espalhado. E passeando pela história, vimos que isso causou atrocidades. Massacres como os de índios brasileiros durante o início da colonização, como o do Holocausto durante a Segunda Guerra Mundial, e como o do Apartheid em anos mais recentes na África do Sul. Tudo começou por achar o outro menor, inferior, submisso.

Não estou afirmando que você matará alguém por não gostar do tipo de pele, ou do lugar de onde ele veio. Mas porque pensar dessa forma? O sangue que corre na sua veia é diferente daquele que corre na veia de um negro? De um índio? De um homossexual? De um judeu? De um pobre? De um nordestino? A resposta é taxativa: NÃO! Como já disse no início do texto, todos viemos da mesma fonte. O que te faz pensar que és melhor que teu próximo? Só por que tua família tem dinheiro? Só por que tua pele é clara? Só por que mora em bairro nobre? Isso não te faz nem um pouco melhor do que ninguém. Só te faz diferente. Vivemos no país da diversidade, vemos isso no dia-a-dia. Julgar o outro por não ser igual a você é burrice.

Diferença não é erro. Não é falha. Não é inferioridade. Diferença é normal.